Banco de Sangue recebe doação de estudantes
Com três bolsas de sangue O negativo no estoque, a enfermeira Cleuza Maria de Souza Gonçalves comemorou a presença de alunos da Escola de Enfermagem Biotec no Banco de Sangue de Praia Grande. É que dentre os 15 doadores, 3 tinham esse tipo de sangue, considerado raro. “Deveríamos ter, no mínimo, 10 bolsas deste tipo”, explica a enfermeira, que coordena o atendimento no posto.Além de O negativo (o sangue humano é classificado nos grupos A, B, AB e O, e fator Rh positivo e negativo), o banco depende de doações de outros tipos para manter o suprimento e atender a demanda. Por mês são registradas de 250 a 280 doações, mas, em contrapartida, nesse mesmo período são feitas de 300 a 350 transfusões. Por isso o banco sempre promove campanhas e busca voluntários. “Temos parcerias com igrejas, escolas e até com Exército”, explica a enfermeira.Quando soube do interesse da Escola Biotec, Cleuza convidou os alunos a visitarem o banco. Eles constataram, pessoalmente, que todo o processo de coleta é rápido e seguro. “Foi como uma aula sobre o funcionamento de nosso serviço. Os alunos puderam ver, por exemplo, que o material utilizado é descartável. Não há riscos.”A iniciativa partiu da também enfermeira Janice Fátima Gaia de Oliveira Carvalho, que trabalha como professora no curso da Biotec para auxiliares e técnicos em enfermagem. “Eles tinham curiosidade de conhecer de perto um banco de sangue. Embora estudando na área de saúde, nunca tinham doado. Aproveitei e dei o incentivo que faltava”, explica. Exames - A cada dois segundos, um paciente necessita de transfusão de sangue no Brasil. Uma bolsa doada pode salvar até três pessoas. Somente esses dados, da Fundação Pró-sangue de São Paulo, seriam suficientes para estimular o voluntariado. Mas além do ato de amor, quem doa recebe resultados de exames gratuitos e ganha dispensa do dia no trabalho.O interessado deve comparecer ao posto de segunda a sexta-feira, das 7 às 12 horas, alimentado e portando um documento com foto, para identificação e cadastro. Não pode doar se estiver gripado, ingerido bebida alcoólica ou usar medicamentos.Qualquer pessoa com boa saúde, entre 18 e 65 anos de idade e com mais de 50 quilos de peso pode se oferecer como doador. Mas para saber se o sangue está em condições de ser disponibilizado para transfusões e se a pessoa está realmente apta, é feita uma triagem clínica (inclui teste de anemia, verificação da pressão arterial, batimentos cardíacos, peso, temperatura e questionário sobre saúde). No processo, que dura menos de uma hora, em média, há a coleta e o consumo de um lanche. O material doado é testado para seis doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatite B, Hepatite C, HIV, HTLV, Sífilis e Doença de Chagas. Os testes são feitos no Hemonúcleo de Santos, junto ao Hospital Guilherme Álvaro. O resultado sai em 10 dias. “A pessoa vem buscar o resultado. Se der reagente, é colhida uma segunda amostra para nova análise. Confirmada a positividade, o doador passa pelo médico do banco e é encaminhado para uma unidade de saúde”, salienta Cleuza.Se os exames não detectarem nenhum problema, o sangue é liberado para a utilização. Uma unidade de sangue pode ser fracionada em concentrado de hemácias e de plaquetas e plasma.O Banco de Sangue está localizado na Avenida São Paulo, 1.014, com acesso externo pelo lado direito do Hospital Municipal, bairro Boqueirão.
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