Projeto acompanha desenvolvimento físico de alunos e detecta problemas
Doenças, baixa auto-estima e queda da produtividade são alguns dos problemas provocados pela obesidade. Como muitos dos distúrbios alimentares surgem a partir de hábitos inadequados na infância, alunos das escolas municipais de Praia Grande são alvo do projeto “Ver Crescer”, desenvolvido desde 2002 pelo professor Davi de Andrade Cantino, que atua na Secretaria de Educação (Seduc) e é o responsável pela área de Educação Física da rede.
Voltado à prevenção, o projeto acompanha e traça o desenvolvimento dos alunos, apontando não apenas casos de obesidade, como também de desnutrição. Duas vezes por ano, eles passam por avaliações biométricas. Seus dados são inseridos em um programa de computador que fornece, em segundos, o cálculo final de cada um – se está acima, abaixo ou no peso ideal para a idade e sexo, de acordo com tabela da Organização Mundial de Saúde.
“O principal objetivo do projeto é desencadear ações junto aos alunos e pais com a finalidade de conscientizá-los sobre a importância da qualidade na alimentação, da atividade física bem orientada e do acompanhamento médico, evitando os males que a desnutrição e a obesidade podem trazer a médio ou longo prazo”, explica Cantino.
Quanto à obesidade, o professor salienta que a preocupação não é estética, mas de saúde. “O obeso tem mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, como derrame e infarto, pedras na vesícula, problemas dermatológicos e ortopédicos. A obesidade também é a principal causa de diabetes tipo II e hipertensão”, cita. “Na criança, esse problema faz com que durma mal e fique sonolenta de dia, podendo apresentar dificuldades de concentração, mas o maior sofrimento é com a sua auto-estima e auto-imagem”.
Por outro lado, Cantino lembra que a desnutrição produz baixa imunidade, pouca resistência a doenças, atraso no desenvolvimento geral e, em casos mais graves, retardamento mental e até a morte.
Índices - Na avaliação mais recente, que envolveu a aferição de 23.632 alunos, o projeto apontou que 16,4% estavam acima do peso e 10% abaixo do adequado.
Os resultados obtidos sustentam ações para corrigir os problemas e, segundo o professor, apresentam resultados positivos. Na E.M. Manoel Nascimento Júnior (Bairro Boqueirão), o percentual de alunos acima do peso atingiu 48,68%, sendo reduzido para 27,86%. Já na E.M. Ana Maria Babette (Bairro Real), o problema era contrário:
22,79% dos alunos registravam peso abaixo do normal, índice que caiu para 8,9% após as intervenções proporcionadas pelo projeto.
“Graças ao trabalho desenvolvido nas escolas, algumas em parcerias com as Usafas (Unidades de Saúde da Família), casos de diabetes, anemia, hipotireoidismo, hipertensão e até obesidade mórbida foram diagnosticados em alguns dos nossos alunos, que se encontram em fase de tratamento”, acrescenta.
Exemplo de parceria é a que une a E.M. Ana Maria Babette e a Usafa Real, com palestras de profissionais de saúde e outras iniciativas conjuntas. O mais recente aconteceu no mês passado, sobre higiene bucal e nutrição. Em agosto está previsto evento sobre os mesmos assuntos direcionado aos pais, mas ainda sem data definida.
Prevenção – A coordenadora da Estratégia de Saúde da Família, Hilda Maria Jaguary Dias, ressalta que o novo sistema de atenção básica à saúde, voltado à prevenção, conseguiu detectar muitos casos de diabetes e hipertensão em crianças nas Usafas, encaminhadas para tratamento. “O programa consegue fazer uma busca ativa, saber como está a saúde da população atendida”, explica. “Nas unidades, o enfoque é geral: vamos olhar desde a criança até o vovô, traçando o que a comunidade está vivendo em questão de saúde.”
Hilda menciona que, entre os médicos aprovados em recente concurso, um endocrinopediatra passará a atuar no Centro de Especialidades Médicas, Ambulatoriais e Sociais (Cemas), um avanço no tratamento de doenças relacionadas. “Agora vamos ter o respaldo deste profissional no Cemas, o que é muito importante”, acentua.
Voltado à prevenção, o projeto acompanha e traça o desenvolvimento dos alunos, apontando não apenas casos de obesidade, como também de desnutrição. Duas vezes por ano, eles passam por avaliações biométricas. Seus dados são inseridos em um programa de computador que fornece, em segundos, o cálculo final de cada um – se está acima, abaixo ou no peso ideal para a idade e sexo, de acordo com tabela da Organização Mundial de Saúde.
“O principal objetivo do projeto é desencadear ações junto aos alunos e pais com a finalidade de conscientizá-los sobre a importância da qualidade na alimentação, da atividade física bem orientada e do acompanhamento médico, evitando os males que a desnutrição e a obesidade podem trazer a médio ou longo prazo”, explica Cantino.
Quanto à obesidade, o professor salienta que a preocupação não é estética, mas de saúde. “O obeso tem mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, como derrame e infarto, pedras na vesícula, problemas dermatológicos e ortopédicos. A obesidade também é a principal causa de diabetes tipo II e hipertensão”, cita. “Na criança, esse problema faz com que durma mal e fique sonolenta de dia, podendo apresentar dificuldades de concentração, mas o maior sofrimento é com a sua auto-estima e auto-imagem”.
Por outro lado, Cantino lembra que a desnutrição produz baixa imunidade, pouca resistência a doenças, atraso no desenvolvimento geral e, em casos mais graves, retardamento mental e até a morte.
Índices - Na avaliação mais recente, que envolveu a aferição de 23.632 alunos, o projeto apontou que 16,4% estavam acima do peso e 10% abaixo do adequado.
Os resultados obtidos sustentam ações para corrigir os problemas e, segundo o professor, apresentam resultados positivos. Na E.M. Manoel Nascimento Júnior (Bairro Boqueirão), o percentual de alunos acima do peso atingiu 48,68%, sendo reduzido para 27,86%. Já na E.M. Ana Maria Babette (Bairro Real), o problema era contrário:
22,79% dos alunos registravam peso abaixo do normal, índice que caiu para 8,9% após as intervenções proporcionadas pelo projeto.
“Graças ao trabalho desenvolvido nas escolas, algumas em parcerias com as Usafas (Unidades de Saúde da Família), casos de diabetes, anemia, hipotireoidismo, hipertensão e até obesidade mórbida foram diagnosticados em alguns dos nossos alunos, que se encontram em fase de tratamento”, acrescenta.
Exemplo de parceria é a que une a E.M. Ana Maria Babette e a Usafa Real, com palestras de profissionais de saúde e outras iniciativas conjuntas. O mais recente aconteceu no mês passado, sobre higiene bucal e nutrição. Em agosto está previsto evento sobre os mesmos assuntos direcionado aos pais, mas ainda sem data definida.
Prevenção – A coordenadora da Estratégia de Saúde da Família, Hilda Maria Jaguary Dias, ressalta que o novo sistema de atenção básica à saúde, voltado à prevenção, conseguiu detectar muitos casos de diabetes e hipertensão em crianças nas Usafas, encaminhadas para tratamento. “O programa consegue fazer uma busca ativa, saber como está a saúde da população atendida”, explica. “Nas unidades, o enfoque é geral: vamos olhar desde a criança até o vovô, traçando o que a comunidade está vivendo em questão de saúde.”
Hilda menciona que, entre os médicos aprovados em recente concurso, um endocrinopediatra passará a atuar no Centro de Especialidades Médicas, Ambulatoriais e Sociais (Cemas), um avanço no tratamento de doenças relacionadas. “Agora vamos ter o respaldo deste profissional no Cemas, o que é muito importante”, acentua.
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