Teste do Pezinho detecta doenças e evita complicações
Um furinho no calcanhar do recém-nascido permite a detecção precoce de doenças congênitas, causadoras de seqüelas irreversíveis no desenvolvimento mental e físico, antes mesmo dos primeiros sintomas serem percebidos. Obrigatório por lei em todo o Brasil, o exame de Triagem Neonatal ou Teste do Pezinho, como é mais conhecido, é gratuito na rede pública, um direito de toda criança e obrigação dos pais.
Em Praia Grande, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) quer conscientizar a população sobre essa necessidade. “É importante que os pais levem a criança a qualquer unidade básica antes de completar um mês de vida. É um procedimento simples e que pode diagnosticar muitos problemas de saúde, evitando complicações”, afirma a médica pediatra Rosane Ferreira Muniz, coordenadora de Saúde da Criança do Apoio Técnico da Sesap. “Isso vale, inclusive, para crianças que não nasceram na Cidade.”
A coleta deve ser feita após 48 horas e antes de 29 dias de nascimento em qualquer Unidade de Saúde da Família (Usafa) ou multiclínica, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas. “O momento ideal é entre o terceiro e o sétimo dia de vida”, explica a médica. “Nos casos com resultados alterados, a unidade de coleta faz contato com a família para que a criança realize exames confirmatórios, uma vez que se trata de um teste de triagem.”
Vale observar que um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo. Há casos em que se deve repetir o exame. Nessa situação, as agentes comunitárias de saúde agendam o retorno.
“O acompanhamento das crianças que apresentam alterações no teste é feito por equipe multidisciplinar especializada na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo) e o acompanhamento clínico nas unidades de saúde do Município”, informa Rosane Muniz.
Conscientização – Para alertar as mães sobre a importância dessa detecção precoce, profissionais de saúde das Usafas e multiclínicas fazem visita na maternidade do Hospital Municipal. É o caso da enfermeira Andréa Loureiro, que atua na Usafa São Jorge. “Quando a criança nasce, visito e já falo sobre a importância do exame”, conta. “Na Usafa, o teste é feito diariamente, mas temos maior movimento às segundas-feiras, quando ocorre também a aplicação da vacina BCG. O resultado chega em até 50 dias.”
Às mães que temem o procedimento, um aviso: a coleta é rápida e segura. Feita por profissionais treinados, não causa riscos (ao contrário de brincos, por exemplo, que também doem e podem até provocar infecções, já que são objetos estranhos no corpo do bebê).
A mãe posiciona a criança na vertical, mantendo-a no colo, enquanto a profissional retira algumas gotas de sangue por meio de uma picada no calcanhar, preenchendo cinco pequenos círculos numa faixa de papel especial. Essa amostra é enviada à Apae, na Capital, para análise, graças a uma parceria de quatro anos com o Município de Praia Grande.
Estatísticas - De abril de 2003 a maio deste ano foram realizados 11.676 exames e detectados 292 casos de traço falciforme, relacionado à anemia falciforme, uma anormalidade na estrutura da hemoglobina que pode provocar dores, cansaço e falta de apetite, além da anemia propriamente dita.
Outras doenças detectadas pelo teste são a fenilcetonúria (distúrbio genético relacionado à falta de um aminoácido presente no leite, que pode provocar deficiência mental) e o hipertireoidismo congênito (distúrbio metabólico relacionado à falta de hormônios produzidos pela tireóide, responsável por deficiência mental e de crescimento).
A Sesap adverte que tão importante quanto fazer o teste é pegar o resultado para que a criança seja acompanhada. Uma vez presente no corpo, a deficiência não pode ser curada, mas o diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando seqüelas.
Outro cuidado é fornecer informações completas e atualizadas sobre endereço e telefone de contato no momento de preenchimento da ficha, para que seja possível a comunicação rápida nos casos em que houver necessidade de nova coleta.
Em Praia Grande, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) quer conscientizar a população sobre essa necessidade. “É importante que os pais levem a criança a qualquer unidade básica antes de completar um mês de vida. É um procedimento simples e que pode diagnosticar muitos problemas de saúde, evitando complicações”, afirma a médica pediatra Rosane Ferreira Muniz, coordenadora de Saúde da Criança do Apoio Técnico da Sesap. “Isso vale, inclusive, para crianças que não nasceram na Cidade.”
A coleta deve ser feita após 48 horas e antes de 29 dias de nascimento em qualquer Unidade de Saúde da Família (Usafa) ou multiclínica, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas. “O momento ideal é entre o terceiro e o sétimo dia de vida”, explica a médica. “Nos casos com resultados alterados, a unidade de coleta faz contato com a família para que a criança realize exames confirmatórios, uma vez que se trata de um teste de triagem.”
Vale observar que um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo. Há casos em que se deve repetir o exame. Nessa situação, as agentes comunitárias de saúde agendam o retorno.
“O acompanhamento das crianças que apresentam alterações no teste é feito por equipe multidisciplinar especializada na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo) e o acompanhamento clínico nas unidades de saúde do Município”, informa Rosane Muniz.
Conscientização – Para alertar as mães sobre a importância dessa detecção precoce, profissionais de saúde das Usafas e multiclínicas fazem visita na maternidade do Hospital Municipal. É o caso da enfermeira Andréa Loureiro, que atua na Usafa São Jorge. “Quando a criança nasce, visito e já falo sobre a importância do exame”, conta. “Na Usafa, o teste é feito diariamente, mas temos maior movimento às segundas-feiras, quando ocorre também a aplicação da vacina BCG. O resultado chega em até 50 dias.”
Às mães que temem o procedimento, um aviso: a coleta é rápida e segura. Feita por profissionais treinados, não causa riscos (ao contrário de brincos, por exemplo, que também doem e podem até provocar infecções, já que são objetos estranhos no corpo do bebê).
A mãe posiciona a criança na vertical, mantendo-a no colo, enquanto a profissional retira algumas gotas de sangue por meio de uma picada no calcanhar, preenchendo cinco pequenos círculos numa faixa de papel especial. Essa amostra é enviada à Apae, na Capital, para análise, graças a uma parceria de quatro anos com o Município de Praia Grande.
Estatísticas - De abril de 2003 a maio deste ano foram realizados 11.676 exames e detectados 292 casos de traço falciforme, relacionado à anemia falciforme, uma anormalidade na estrutura da hemoglobina que pode provocar dores, cansaço e falta de apetite, além da anemia propriamente dita.
Outras doenças detectadas pelo teste são a fenilcetonúria (distúrbio genético relacionado à falta de um aminoácido presente no leite, que pode provocar deficiência mental) e o hipertireoidismo congênito (distúrbio metabólico relacionado à falta de hormônios produzidos pela tireóide, responsável por deficiência mental e de crescimento).
A Sesap adverte que tão importante quanto fazer o teste é pegar o resultado para que a criança seja acompanhada. Uma vez presente no corpo, a deficiência não pode ser curada, mas o diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando seqüelas.
Outro cuidado é fornecer informações completas e atualizadas sobre endereço e telefone de contato no momento de preenchimento da ficha, para que seja possível a comunicação rápida nos casos em que houver necessidade de nova coleta.
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